
Pets estão mais presentes nos lares dos brasileiros, revela pesquisa | Foto: Erin Scott/Casa Branca/Reuters (Erin Scott/Casa Branca//Reuters)
Quais são as preferências dos brasileiros ao sonhar com sua moradia? Como as pessoas enxergam as características do próprio lar? Uma pesquisa realizada pelo QuintoAndar em parceria com o Datafolha entrevistou mais de 3.000 brasileiros para responder a essas e outras perguntas. O levantamento apontou as percepções sobre a moradia no Brasil, além de ter captado as mudanças ocorridas durante a pandemia do coronavírus.
“Sabemos que a moradia ficou ainda mais em evidência durante a pandemia. A casa virou o lugar onde as pessoas moram e trabalham, então a questão do espaço para trabalhar ou para os filhos estudarem foi algo que incentivou a busca por um novo lar”, explicou João Chueiri, chefe de marketing do QuintoAndar, à EXAME Invest.
A pesquisa revelou que 70% dos entrevistados têm casa própria, dos quais 62% já quitaram o imóvel. O número de pessoas que moram em imóveis alugados foi de 27%, e outros 3% moram em lares cedidos ou emprestados. A casa própria apareceu, em uma escala de prioridades, com um peso similar ao desejo de ter uma família, ter estabilidade financeira e até ter uma profissão.
Os dados não corroboram a percepção de que as novas gerações não almejam mais comprar um imóvel, ao contrário da geração de seus pais ou avós. A pesquisa do QuintoAndar, feita com o Datafolha, revelou que cerca de 90% dos brasileiros com idade entre 21 e 34 anos dizem sonhar em ter uma casa própria. O sonho é mais presente nas famílias de classes C,D e E.
Perfil dos lares brasileiros
Dois quartos, garagem e quintal ou varanda: esse é o perfil mais comum das moradias brasileiras. O estudo, que segmentou os resultados por perfil de renda, mostrou que alguns aspectos, como a disposição de um escritório em casa, são mais presentes no público A e B.
É natural pensar que a renda contribui para uma oferta de um espaço maior e de mais cômodos, mas o desejo de um local para trabalhar e de um espaço adequado para um animal de estimação são pontos de mudança que estão presentes em respostas de entrevistados de diferentes classes e que foram reforçados pela pandemia do coronavírus.
“Não foi só isso. O quarto ganhou mais importância, e alguns hábitos, como cozinhar e fazer uma oração, se tornaram mais presentes no lar”, diz o chefe de marketing do QuintoAndar.
Cerca de 60% dos lares brasileiros já são habitados por um animal de estimação, como aponta a pesquisa, o que torna o espaço para cuidar de um cão ou gato ainda mais relevante.
“A pesquisa nos deu insights interessantes sobre o que as pessoas querem ou necessitam. No caso dos animais de estimação, incluímos um filtro que permite saber em quais lares esses moradores são também bem-vindos”, cita Chueiri.
Outro ponto sensível da pesquisa foi a constatação de que boa parte das pessoas que moram sozinhas, em especial aquelas mais velhas, são mais velhas e já têm algum problema de saúde. É possível filtrar, por exemplo, qual o grau de acessibilidade daquele imóvel.